sábado, 1 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013




CICATRIZ

Trago guardada no peito grande cicatriz
Eu rio
Finjo que ela não existe
Nunca quis ser um ser triste

sonia delsin



NUNCA ESQUECI TEU ROSTO

Guardei no baú das minhas recordações teu rosto quadrado.
Teu nariz à face tão bem proporcionado.
Tua boca sensual.
Tua testa fenomenal.
Guardei tuas maçãs salientes.
Teus dentes.
Guardei teu rosto com aquele ar de desgosto.
E guardei teu riso.
Onde estás? Eu me pergunto.
Em que parte do mundo vives?
Aqui no planeta?
Observas tudo de luneta?
Que foi feito de ti?
Teu rosto bonito se mira em qual espelho?
Será que te lembras do meu rosto ovalado?
Guardas como eu lembranças do passado?

sonia delsin



TEU MUNDO RESTRITO

Não sabes.
Não experimentas.
Não tentas.
Soltar teu ser.
Vives num mundo limitado.
Dizes que ficaste marcado pelo passado.
Não ousas.
Não sonhas.
Te podas.
Voar é tão bom.
E ouvir as batidas do próprio coração.
Vives contido no teu mundo restrito.


sonia delsin



FESTA DO SOL

Borboletas vermelhinhas.
Brancas e amarelinhas.
Rajadinhas. .
Colibris, bem-te-vis.
É a festa do sol.
Na festiva manhã estou caminhando.
Pensando.
Naquilo que o tempo tem guardado.
Pensando no passado.
Meus olhos se prendem, se fixam numa certa borboletinha.
É azulzinha.
Revivo uns dias que não se perderam.
Outra festa.
Uma onde uma menina sorria tanto.
Tanto que seus olhos lacrimejavam.
Tudo que eu disser é pouco deste tempo.
Tudo que eu falar é o mínimo.
Festa do sol noutro arrebol.

sonia delsin



TORMENTO D’AMOR

Ela o buscava pela noite adentro.
Ia como uma louca.
Em busca do que lhe fugia.
Era uma verdadeira agonia.
Ela ia, ia...
Pra lugar nenhum.
Até que um dia se deu conta do vazio que se tornara o seu viver.
Quis morrer.
Foi tanto sofrimento.
Mas a salvou certo alvorecer.


sonia delsin



TE ACENDI

Te amei no primeiro instante.
Meu amor não foi bastante?
Foi.
Eu te acendi.
Despertei em ti.
Algo que estava meio morto.
Teu coração que já nem bater queria.
De repente tu foste sentindo uma alegria.
Lia minha poesia.
E se questionava.
Era uma mulher que te falava.
Do amor, do mundo, das coisas mais pequeninas.
Eu te acendi como homem com minha sensualidade.
Eu te acendi como ser humano pra eterna verdade.
Das coisas que têm valor.
Eu cheguei pra ti pra mostrar o amor.

sonia delsin